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Em 1957, numa reunião na casa de Dotto, na Rua Inácio nº 53, decidiu-se lançar, experimentalmente, no bairro, um novo jornal, com o nome News Seller. Desse encontro participaram, entre outros, Maury de Campos Dotto, irmão de Edson, Fausto Polesi e Ângelo Puga, ex-diretor administrativo do jornal.

 

A experiência artesanal do News Seller da Vila Zelina terminou no mesmo ano de 1957. O grupo remanescente, agora formado basicamente por Edson, Maury, Fausto e Ângelo, decidiu pesquisar outras cidades, entre as quais Sorocaba, Santos e Campinas, para instalar o novo jornal em bases mais profissionais.

 

A escolha recaiu em Santo André, onde, no dia 8 de maio de 1958, foi lançado no Grande ABC o semanário News Seller. Surgiu aí o embrião do atual Diário do Grande ABC.

 

O grupo fundador da nova empresa ficou assim constituído: Edson Danillo Dotto, presidente; Fausto Polesi, diretor secretário; Maury de Campos Dotto, diretor comercial; Ângelo Puga, diretor administrativo.

 

Edson Danillo Dotto ocupou a presidência de 1958 a 1992. Nesse período o semanário cresceu e se transformou em jornal diário, em 1968. A partir da década de 70, a empresa diversificou-se. Dotto defendeu a compra da antiga Rádio Independência de São Bernardo do Campo, que passou a chamar-se Rádio Diário AM. Em 1988, a Rádio Scala 99 FM substituía a então Grande ABC FM.

 

A Scala, sob o comando de Dotto, passou a operar na Avenida Paulista, com sua programação de música orquestrada, que obteve ampla aceitação do público, transformando-a, durante anos, num dos maiores sucessos da história da rádio na Grande São Paulo.

 

Ele deixou a presidência do Diário em janeiro de 1993, passando a dedicar-se exclusivamente à Scala-SP e demais emissoras, agora na condição de único proprietário.

 

Edson Danillo Dotto casou-se no dia 15 de outubro de 1960 com Daisy Mendonça Dotto, com quem teve três filhos: Kátia, Keller e Keynes. Faleceu em 16 de março de 1997, no Hospital Albert Einstein - São Paulo.

 

Edson Danillo Dotto foi atento observador da vida econômica e social do Grande ABC das últimas décadas. A seguir, algumas de suas opiniões a respeito da região:

 

- SONHOS: "O documento mais valioso que eu tenho é um guardanapo de papel. Eu estava no salão do Palácio Mauá, numa vesperal dançante, com minha então namorada - hoje esposa - desenhando para ela, no guardanapo, o projeto do jornal. E o jornal não tinha nascido. Eu desenhava para ela a primeira página, o lay-out do jornal. A gente já imaginava o que seria." - HORIZONTES: "A gente olha o jornal não na metade do caminho, mas na frente. Nós imaginávamos o jornal já com sede própria, com os políticos reconhecendo o seu valor, cheio de anúncios, a sociedade aplaudindo o jornal." - BILLINGS - "A represa Billings se deteriorou pela fraqueza dos políticos da região. A influência dos políticos adiante da barragem Edgar de Souza é muito maior do que a influência dos políticos do Grande ABC. Aqueles é que dominam." - LAZER - "Imagine o Grande São Paulo tendo ao lado um local de descanso e lazer a poucos quilômetros da capital, como deveria ser a Billings. Poderíamos ter até uma rede hoteleira desenvolvida. Seria diversão para toda essa gente que, no fim-de-semana fica desesperada e sai correndo para o litoral e interior. E teríamos desenvolvido essa região, teríamos uma ocupação racional da área total." - POLÍTICOS - "Enquanto tivermos políticos que só negociam em favor de seus interesses pessoais, não teremos resultados melhores para a coletividade."

 

 

 

Edson Danillo Dotto nasceu em São Carlos, interior de São Paulo, no dia 8 de setembro de 1934, filho de Danilo Dotto e Maria Giannini Dotto. Em 1941 mudou-se para São Paulo, quando se fixou, com a família, na Vila Zelina, bairro vizinho de São Caetano do Sul.

 

Fez seus estudos primários na Escola Municipal Mista 7 de Setembro, em São Carlos, e na Escola São José, na Vila Zelina. Concluiu o 2º grau no Colégio São Manoel, em Porto Alegre, e formou-se em Direito em 1976, pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Também realizou estudos no curso de mestrado em administração mercadológica na Fundação Getúlio Vargas.

 

Nos anos 40 e 50, a Vila Zelina era uma região pobre da Zona Leste paulistana, com forte presença de lituanos, letonianos e estonianos, fugidos da guerra. Foi nessa vila que Edson Danillo Dotto e um grupo de estudantes fundaram o Grêmio São Miguel Arcanjo e um boletim mimeografado chamado "O Juvenil".

 

Os estudantes reuniam-se numa salsicharia, cujo dono colaborava com o boletim inserindo alguns anúncios. Em 1956 e 1957, Edson Danillo Dotto trabalhava como planejador de contas numa agência de publicidade. O grupo reunido em torno do "O Juvenil" pensava em lançar, então, um jornal de bairro.

 

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